Entendendo as milhares de Distros Linux

No mundo Linux costumam dizer que temos milhares de opções, e todos os dias nascem novas dessas "opções", confira esse mundo.



Distros Linux

Quem chega ou já está no mundo Linux conhece a grande variedade de Distros que esse universo tem.

Todos os dias nasce um novo "sistema operacional Linux" com promessas incríveis, de desempenho, pseudo compatibilidades com programas Windows e Android, centrais de programas revolucionarias e por ai vai.

Temos até uma central de Distros a Distrowatch que registra page view, não confunda com usuários das Distros, download ou que que mais os inescrupulosos dizem.

A própria Distrowatch deixa claro como faz as suas medições e o porque.

"As estatísticas do DistroWatch Page Hit Ranking atraíram muita atenção e feedback ao longo dos anos. Originalmente, cada página específica da distribuição era HTML puro com um contador de terceiros na parte inferior para monitorar o interesse dos visitantes. Em maio de 2004, o site mudou de contadores de terceiros visíveis publicamente para contadores internos. Isso foi motivado por um abuso contínuo dos contadores por um punhado de indivíduos indisciplinados que confundiram o DistroWatch com uma estação de votação. Os contadores não são mais exibidos nas páginas de distribuição individuais, mas todas as visitas são registradas. Apenas um hit por endereço IP por dia é contado.

 

Voltando as Distros.

Vamos pegar a descrição da Distro top da atualidade.

"MX Linux, uma distribuição Linux orientada para desktop baseada no ramo "Stable" do Debian, é um empreendimento cooperativo entre as antigas comunidades Linux antiX e MEPIS. Usando o Xfce como desktop padrão (com edições separadas do KDE Plasma e Fluxbox também disponíveis), é um sistema operacional de peso médio projetado para combinar um desktop elegante e eficiente com configuração simples, alta estabilidade, desempenho sólido e tamanho médio."

Note um característica comum em todas as Distros

"um empreendimento cooperativo entre as antigas comunidades Linux antiX e MEPIS."

100% das distros nascem e em pouco tempo morrem por não conseguirem o seu objetivo de arrecadar fundos, algumas trocam o nome da Distro e do seu mantenedor e outras os seus dois mantenedores fazem uma sociedade para ver se dessa vez vinga o empreendimento.

O Nerdson descreve bem esse processo.



Para que fique claro Distribuições de pacotes temos muito poucas e todas com respaldo de milhares de desenvolvedores e comunidades e são.

  • Arch Linux
  • Debian GNU/Linux
  • Fedora
  • Gentoo
  • openSUSE
  • Mageia
  • Slackware
  • Ubuntu e Mint pela contribuição que dão a comunidade.

O resto todo são só remasterizações de uma das distribuições acima e em alguns casos distribuições aventureiras sem peso algum na comunidade.

Aqui no blog recentemente fiz uma série de matéria mostrando como são criadas as Distros, está ai para você conferir a mágica.

Criar uma remasterização do Debian GNU Linux


Criar uma remasterização do Arch Linux 

 

Para que não reste dúvidas do que são as tão faladas Distros o grande Glenn Hummes.



Glenn Hummes foi um defensor implacável das verdadeiras distribuições GNU/Linux, hoje falecido, mas deixou o seu legado, uma palavra que resume de forma clara a real sobre as remasterizações, leiam do criador da palavra ReFiSeFuQui o que é uma remasterização (distro).



ReFiSeFuQui: O que é isso??


Olá, pessoas!!!

[...] Mas o que cargas-d’água isso significa?

Simples… essa é a abreviação para a colossal massa de tempo, esforço e dinheiro desperdiçado em prol do ego próprio, mas sem, obviamente, esforço em ajudar a comunidade de código aberto/software livre: as famosas “Remasters de Fins de Semana e Fundos de Quintal”!!!

Essas m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s coisas são provas de que, se não está contente, pode mudar o papel de parede e lançar algo novo sem ter medo de ser esculachado, e ainda será agraciado com uma palestra num FISL futuramente…

E os argumentos para apoiá-las são sempre os mesmos: “Tive dificuldade com o Várzea Linux, então, criei o Aspira Linux para ser mais fácil e mais rápido…”, ou então “Quero ajudar a comunidade de CA/SL a disseminar o nome do Linux…”, ou pior… “Essa distro é brasileira, criada para nosso usuários, nosso Brasil, tão carente de distribuições em nossa língua…”

Obviamente, isso virou uma religião para alguns usuários Linux. E se tornou algo tão xiita que você poderá ser apedrejado em fóruns de fanáticos por essas ReFiSeFuQui’s, com argumentos como: “Você não sabe o que é CA/SL…”, ou “Está com inveja porquê não sabe fazer a mesma coisa…”, ou o pior de todos os argumentos… “Você é contra o Linux…”

ReFiSeFuQui’s nada mais são que só isso mesmo: REMASTERS feitas no tempo livre EM FINS DE SEMANA nos FUNDOS DE QUINTAIS, sem a menor preocupação de criar algo novo e que demonstre em poucas palavras uma evolução real e concreta do que foi feito até hoje, ao contrário, demonstram o total despreparo de algumas pessoas, o grande e inchado ego dos chamados “times de desenvolvimento” e a total falta de respeito com uma comunidade de programadores e distribuições sérias.

Geralmente, quando você pega uma ReFiSeFuQui Linux, distribuidas e criadas via blogs, fóruns e sites, e a testa, dá a impressão de ter alguma novidade, pois sempre colocam em suas páginas web argumentos como: desktop 3D, atualização, segurança, otimização, painel de controle, etc., etc. e etc. . Em meia hora de uso da ReFiSeFuQui Linux, você já sente um certo enjôo, pois vê que de onde ela foi baseada, pouca coisa ou nada mudou. O refisefuqueiro mudou nada mais que papéis de parede e temas de ícones.

Isso sem falar que, no interior, a ReFiSeFuQui Linux ainda baseia suas atualizações e todo o serviço de estabilização, correção de segurança e implementação de novos serviços nos servidores da distribuição em que se baseiam, ou seja: vivem na carótida de distribuições que gastam seu tempo e dinheiro tentando melhorar seus sistemas, e os sanguessugas grudam neles, sem ao menos oferecer algo em respeito á distribuição-mãe, isso quando não omitem TUDO que a distribuição-mãe oferece.

Essa (ou essas) ReFiSeFuQui Linux não mudam absolutamente nada no sistema. Aplicam patches, atualizam programas e não dão créditos sobre os criadores verdadeiros. Não escrevem uma só linha de código para corrigir bugs no kernel Linux ou aplicações. E o pior de tudo: desrespeitam a GPL em muitas cláusulas, onde o responsável (ou responsáveis) pela ReFiSeFuQui Linux não oferecem nem o código-fonte da remaster, jogando a responsabilidade totalmente nas costas das distribuições, tentando tapar o sol com uma peneira, dizendo sempre que, nesta hora, é uma “distro baseada em outra distro”, usando o argumento do João Sem Braço e muitas vezes argumentando sem ler ou mesmo ignorando esse ponto da GPL.

Essas ReFiSeFuQui’s Linux mostram o pior do pior dentro da comunidade CA/SL. Pessoas egocêntricas, preocupadas mais em manter seu nome acima daquilo que oferece, e oferecendo algo que não corresponde muitas vezes à realidade. Esse tipo de coisa é que afasta o usuário leigo, pois vê milhares de opções desconexas, com poucas diferenças entre si, e acaba por não entender o que é realmente Linux ou distribuição.

Como disse no início, são desperdiçados esforços em comum. Muitas vezes as ReFiSeFuQui se baseiam em um script ou algum diferencial somente. Se todas se juntassem, juntassem seus esforços e suas pequenas criações, teríamos algo único e gigantesco, que facilitaria para um leigo. Mas o êxtase em ter seu nome como “criador, mantenedor e Deus da ReFiSeFuQui” é o que manda.

O refisefuqueiro jamais aceitará ser um subalterno no time. O refisefuqueiro quer ser o seu próprio ReFiSeFuQuer, quer refusificar à todos, quer que os seus lacaios refisefuquem mais ainda em seu nome e em nome de uma coisa que nada representa o espírito verdadeiro do CA/SL, ao contrário o deturpam: unir-se em uma comunidade para levantar o nome do Linux, e o bem comum deveria ser somente isso.

P.S.: Aspira Linux é a prometida e esperada remaster do Várzea Linux, que o Nerdson ainda está tentando terminar (ou foi descontinuada, sei lá), participante do programa “One Distro Per Child”, onde todas as ReFiSeFuQui’s Linux estão incluídas também…

Glenn Hummes



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