Tabela de partição MBR ou GPT no Linux

Aqui temos uma dúvida comum entre vários usuários, nessa matéria irei mostrar os prós e contras de se usar MBR ou GPT no Linux.

 

 

Para ter uma explicação mais adequada optei por usar a documentação do Arch Linux.

 

Tabela de partição



Temos dois principais tipos de tabelas de partição Master Boot Record (MBR) e Tabela de Partição GUID (GPT). 

Fonte da imagem: https://productkeysbuzz.co

Master Boot Record ( MBR )

O Master Boot Record (MBR) são os primeiros 512 bytes de um dispositivo de armazenamento. Contém um gerenciador de boot de sistema operacional e a tabela de partições do dispositivo de armazenamento. Desempenha um papel fundamental no processo de inicialização em sistemas BIOS.

O MBR não fica localizado dentro de uma partição; mas sim no primeiro setor do dispositivo (fisicamente a trilha 0), antes da primeira partição.

Master Boot Record (código de inicialização)

Os primeiros 440 bytes do MBR são a área do código de inicialização. Em sistemas BIOS, ela usualmente contém o primeiro estágio do carregador de inicialização. Este código pode ser armazenado em backup, restaurado ou apagado usando dd.
Master Boot Record (tabela de partição)

Na tabela de partição MBR (também conhecida como tabela de partição MS-DOS) há três tipos de partições:

  • Partição primária
  • Partição estendida

Partições primárias podem ser inicializadas e são limitadas a quatro por disco ou volume RAID. Se a tabela de partição MBR requerer mais do que quatro partições, então uma das partições primárias deve ser substituída por uma partição estendida contendo uma unidade lógica ou mais dentro dela.

Partições estendidas podem ser pensadas como contêineres para unidades lógicas. Um disco rígido não pode conter mais do que uma partição estendida. A partição estendida também é contada como uma partição primária, então se um disco possuir uma partição estendida, somente outras três partições primárias serão possíveis (isto é, três partições primárias e uma partição estendida). O número de unidades lógicas residentes dentro de uma partição estendida é ilimitado. Um sistema executado em dual-boot com Windows irá necessitar que o Windows esteja dentro de uma partição primária.

Um esquema bem comum é criar partições primárias de sda1 até sda3 seguidas por uma partição estendida sda4. As unidades lógicas em sda4 são numeradas como sda5, sda6, etc.

Tabela de Partição GUID


Tabela de Partição GUID (GPT) é um esquema de particionamento que é parte da especificação Unified Extensible Firmware Interface; utiliza Identificadores Únicos Globalis (GUIDs), ou UUIDs no universo Linux, para definir partições e tipos de partição. Foi desenvolvido para suceder o esquema de particionamento Master Boot Record.

No início de uma tabela de partição GPT no disco, há um Master Boot record protetivo (PMBR) que protege a GPT de softwares maliciosos. Este MBR protetivo, assim como um MBR comum, possui uma área de código de inicialização a qual pode ser usada para inicializar sistemas usando esquemas BIOS/GPT em bootloaders que suportarem.
Escolhendo entre MBR e GPT

Tabela de Partição GUID (GPT) é uma alternativa moderna de método de particionamento criada para substituir o antigo Master Boot Record (MBR). GPT possui algumas vantagens sobre o MBR, o qual data de tempos do MS-DOS. Com os recentes desenvolvimentos de ferramentas de formatação, é fácil obter performance e confiabilidade iguais tanto para GPT como para MBR.

Algumas vantagens do GPT sobre o MBR são:

  • Fornece GUID de disco e GUID de partição (PARTUUID) exclusivos para cada partição - uma boa prática de referenciar partições e discos para o sistema de arquivos.
  • Fornece um nome de partição independente do sistema de arquivos (PARTLABEL).
  • Número arbitrário de partições - depende do espaço alocado para a tabela de partições - Não necessita de partições estendidas e unidades lógicas. Por padrão, a tabela de partições GPT contém espaço para definir até 128 partições. Entretanto, se for desejável definir mais partições, é possível alocar mais espaço para a tabela de partições (atualmente apenas gdisk é reconhecido por suportar esse recurso).
  • Utiliza LBA de 64-bits para armazenar números de setores - permite endereçar discos de até 2 ZiB. O MBR é limitado a endereçar até 2 TiB de espaço por dispositivo.
  • Armazena um cabeçalho de backup e uma tabela de partição no fim do disco que auxiliam na recuperação no caso destas serem danificadas.
  • Recurso de somas de verificação CRC32 para detectar erros e corrompimento do cabeçalho e da tabela de partições.

Fonte Arch Wiki

Opinião


Usei MBR por longos anos, resolvi testar o GPT e me surpreendi. 

As vantagens acima falam por si, aproveitei o embalo e já refiz todas as instalações do meu notebook.


A matéria abaixo pode ser útil.

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