Comandos Básicos , Debian e derivados


"Muito embora o Linux possua diversas e ótimas interfaces gráfica (GUI's - Graphical User Interfaces) bastante amigáveis, dentre as quais destacamos o Gnome e KDE, como de resto todos os sistemas operacionais Unix, ainda requerem por vezes que façamos uso da linha de comando. O ambiente tradicional do Unix
é o CLI (Command Line Interface), onde você digita os comandos para
dizer ao computador o que ele deve fazer. Esse modo é extremamente
poderoso e rápido, porém implica que você saiba para que serve cada
comando e seus diversos parâmetros.”



Documentação


  • man - Formata e exibe uma página man (man page) O comando man é usado para mostrar o manual de outros comandos. Tente "man man" para ver a página do manual do próprio man. Veja a seção "Man & Getting Help" para mais informações.
  • help - Exibe informações sobre os comandos internos do Bash. Ex.: ”help logout”
  • info - Exibe documentação no formato Info, sendo que a navegação pelo documento é feito por meio de comandos internos do Info. Ex.: ”info emacs”

Data e Hora


  • date - Exibe e edita a data e a hora atuais do sistema.
    • ”date” para exibir a data e hora atual.
    • ”sudo date 032914502007” para alterar a data e hora para 14:50 h de 29/03/2007.
  • cal - Exibe um simples calendário.
  • hwclock - Consulta ou define o relógio do hardware (Hardware Clock).
    • "sudo hwclock -s" para atribuir ao sistema a data e hora do hardware (BIOS).
    • "sudo hwclock --set --date=032914502007" para definir a data e hora do hardware como 14:50 h de 29/03/2007.

Informações do Sistema (Hardware e Processos)


  • df – Mostra o espaço em disco do sistema de arquivos usado por todas as partições. "df -h" é provavelmente o mais útil - usa megabytes (M) e gigabytes (G) em vez de blocos para relatar o tamanhos. (-h significa "human-readable").
  • du – Exibe o tamanho de arquivos e/ou diretórios. Se nenhum arquivo ou diretório for passado como argumento, será assumido o diretório atual. O uso da opção du -h tornará a apresentação mais simples de ser interpretada.
    • Para verificar o tamanho dos subdiretórios ao invés dos arquivos, utilize o comando abaixo.
      "du -k -h --max-depth=1"
  • free – Este comando exibe a quantidade de memória livre e usada no sistema. "free -m" fornece a informação usando megabytes, que é provavelmente mais útil para computadores atuais.
  • arch – Exibe a arquitetura do computador. Equivale ao comando ”uname -m”.
  • lsdev – Lista o hardware instalado no computador, especificando os endereços de E/S (Entrada/Saída), IRQ e canais DMA que cada dispositivo esta utilizando.
  • lspci - Exibe informações sobre os barramentos PCI do computador e sobre os dispositivos a ele conectados.
  • lsusb - Lista informações sobre os barramentos USB do computador e sobre os dispositivos a eles conectados.
  • uname - Este comando exibe várias informações sobre o sistema, incluindo o nome da maquina, nome e versão do Kernel e alguns outros detalhes. É muito útil para verificar qual é o Kernel usado por você.
    • ”uname -a” para exibir todas as informações.
    • ”uname -m” para exibir a arquitetura da maquina. (Equivale ao ”arch”).
    • ”uname -r” para exibir o release do sistema operacional.
  • lsb_release – Este comando fornece informações básicas do sistema operacional (LSB – Linux Standard Base) e sua distribuição.
    • ”lsb_release -a” para exibir as informações completas do sistema conforme abaixo exemplificado.
user@computer:~$ lsb_release -a
LSB Version:    n/a
Distributor ID: Ubuntu
Description:    Ubuntu (The Edgy Eft Release)
Release:        6.10
Codename:       edgy

  • top - Este comando exibe em tempo real informações sobre seu sistema Linux, processos em andamento e recursos do sistema, incluídos CPU, memória RAM e uso do swap, além do número total de tarefas sendo executadas.
    • O ”top” também nos permite a manipulação dos processos por meio de comandos interativos. Veja abaixo alguns dos comandos interativos mais importantes do ”top”.
      • ”k” - Finaliza, ou seja, “mata” um processo.
      • ”m” - Ativa/Desativa a exibição de informações da memória.
      • ”M” - Ordena os processos pelo uso da memória residente.
      • ”N” - Ordena os processos pelos seus PIDs.
      • ”P” - Ordena os processos pelo uso da CPU (este é o padrão).
      • ”ESPAÇO” - Atualiza imediatamente a visualização do quadro de processos.
      • ”h” - Exibe a ajuda dos comandos interativos do ”top”.
      • ”q” - Abandona o comando ”top”.
  • ps – Apresenta um quadro atual, porém estático dos processos que estão sendo executados no sistema.
    • ”ps aux” para apresentar todos processos sendo executados, de todos usuários, incluído o nome do usuário a qual o processo pertence, mesmo os desvinculados de TTYs.
  • kill – Finaliza, ou no popular, “mata” processos sendo executados pelo seu PID, lhes enviando um sinal.
    • ”kill -9 1345” para finalizar o processo de PID número 1345. Para saber qual PID de determinado processo que esta sendo executado pode ser utilizado o comando ps.
  • killall – Finaliza processos pelo nome ao invés do PID como faz o comando kill. Também assim como o comando kill, o killall envia um sinal para o processo.
    • ”killall mozilla-firefox” para finalizar o processo mozilla-firefox, fechando com isso o navegador web Mozilla Firefox. O nome dos processos ativos pode ser observado com uso do comando ps.

Arquivos e Diretórios


  • pwd - O comando pwd lhe permite saber em qual diretório você está no momento, onde pwd significa "print working directory".
    • Executando "pwd" no diretório Desktop mostrará "~/Desktop". Observe que o Terminal do Gnome também mostra esta informação na barra de títulos da janela. Veja a imagem de exemplo no topo desta página.
  • cd - Este comando nos permite se deslocar entre a árvore de diretórios do sistema. Quando abrimos um terminal ou seção shell, você entra direto no seu diretório pessoal. Para mover-se pelo sistema de arquivos você deve usar o cd.
    • "cd /" para ir ao diretório raiz.
    • "cd" para ir ao seu diretório pessoal.
    • "cd .." para acessar um diretório de nível acima do atual.
    • ”cd -” para voltar ao diretório que se encontrava antes de mudar.
    • Para navegar através múltiplos níveis de diretórios em só comando, use por exemplo, "cd /var/www", que o levará diretamente ao sub-diretório /www do diretório /var.
  • cp – Copia arquivos e diretórios.
    • "cp file foo" para fazer uma cópia exata do arquivo "file" dando-lhe o nome de "foo".
    • "sudo cp /etc/X11/xorg.conf /etc/X11/xorg.conf-bkp" para gerar uma cópia de segurança exata do arquivo "/etc/X11/xorg.conf" dando-lhe o nome de "/etc/X11/xorg.conf-bkp".
  • mv - Este comando move arquivos e diretórios, sendo muito usado também para renomear um determinado arquivo.
    • ”mv arquivo1 arquivo2” para renomear o arquivo “arquivo1” localizado no diretório pessoal do usuário para “arquivo2” no mesmo local.
    • "mv foo ~/Desktop" moverá o arquivo "foo" para seu diretório Desktop sem alterar seu nome. Você deve especificar um novo nome se quiser renomear um arquivo.
  • ls - Comando utilizado para listar o conteúdo de um diretório. Usado com certas opções, é possível ver o tamanho dos arquivos, quando foram criados, e as permissões de cada um.
    • "ls ~" para mostrar os arquivos que estão em seu diretório pessoal.
    • ”ls -hal ~” para mostrar os arquivos que estão em seu diretório pessoal, inclusive os ocultos (-a) em forma de uma listagem (-l) e com as informações de tamanho mais amigável a nós seres humanos (-h).
  • rm - Utilize este comando para remover (deletar) arquivos e opcionalmente diretórios. Por padrão o comando rm exibe um prompt onde o usuário deve confirmar a exclusão de cada arquivo, digitando a letra “y” seguido de “Enter”.
    • ”rm arquivo1” para remover o arquivo chamado “arquivo1” do diretório corrente após confirmação no prompt.
    • ”rm -f arquivo1” para remover o arquivo chamado “arquivo1” do diretório corrente sem que lhe seja exibido o prompt de confirmação.
    • ”rm -R ~/temp/” para remover de forma recursiva o diretório /temp localizado em sua pasta pessoal e todo seu conteúdo, seja ele arquivos e outras arvores de sub-diretórios.
  • mkdir - Comando cuja finalidade é permitir a criação de um ou mais diretórios.
    • "mkdir musicas" para criar um diretório chamado “musicas” dentro do diretório corrente.
  • chmod – Altera as permissões de acesso de arquivos e diretórios, não alterando estes atributos de links simbólicos passados na linha de comando, mais sim as permissões dos arquivos aos quais eles se referem. Para maiores detalhes sobre o sistema de permissões de arquivos e diretórios no Linux aconselhamos este link aqui do Guia Foca GNU/Linux.
Leitura (r)
Escrita (w)
Execução (x)
Octal

0
0
0
0

0
0
1
1

0
1
0
2

0
1
1
3

1
0
0
4

1
0
1
5

1
1
0
6

1
1
1
7

0  (zero) permissão negada
1   permissão de execução
2   permissão de gravação
3   permissão de gravação e execução
4   permissão de leitura
5   permissão de leitura e execução
6   permissão de leitura e gravação
7   soma de todas as permissões

  • ”chmod 744 file” para alterar as permissões do arquivo “file” de modo ao Dono ter total permissão (leitura, execução e escrita) enquanto que os usuários pertencentes ao Grupo e os Outros terão permissão apenas de leitura.
  • ”chmod -R 744 temp/” para alterar as permissões de forma idêntica ao exemplo anterior, porém do sub-diretório /temp e todo seu conteúdo de forma recursiva.
  • chown – Altera o proprietário e o grupo de arquivos e diretórios.
    • ”chown fulano:vendas file” para alterar o arquivo “file” para ter como Dono o usuário “fulano” e o Grupo como “vendas”.
    • ”chown -R ciclano:compras temp/” para alterar o sub-diretório /temp e todo seu conteúdo de forma recursiva para ter como Dono o usuário “ciclano” e o Grupo como “compras”.
  • diff – Usado para comparar o conteúdo de dois arquivos, exibindo a diferença entre eles.
    • ”diff file foo” para ver a diferença entre o conteúdo do arquivo “file” e o arquivo “foo”.
  • find – Comando utilizado para procurar por arquivos na arvore de diretórios. Se um caminho não for passado ao comando find a busca será feita no diretório corrente.
    • ”find ~/temp/file” para procurar pela ocorrência de um arquivo chamado “file” no sub-diretório /temp do diretório pessoal do usuário.
  • locate – Pesquisa em uma base de dados de nomes de arquivos por nomes que satisfaçam um determinado padrão. O comando slocate é a versão segura do locate, pois não exibe arquivos para os quais o usuário não tenha permissão de acesso. Como a arvore de arquivos e diretórios esta sempre sendo atualizada é necessário que esta base de dados também o seja, por tanto é sempre aconselhável antes de executar estes comandos atualizar a base executando updatedb.
    • ”locate ~/file” para pesquisar por um arquivo que corresponda a expressão “file” no diretório pessoal do usuário. Como este comando pesquisa em um banco de dados, se não for passado ao comando o caminho desejado ele pesquisará em toda sua base de dados, correspondente a toda arvore de diretórios do sistema.
  • tar Usado para armazenar ou extrair arquivos TAR (Tape ARchive). Estes arquivos TAR são os chamados “tarfile” ou “tarball”.
    • ”tar cvf my_ogg_files.tar *.ogg” para criar um arquivo TAR chamado “my_ogg_files.tar” contendo todos os arquivos de extensão “.ogg” do diretório corrente. Notar que a extensão “.tar” não é obrigatória, mais aconselhável para facilitar a identificação do arquivo.
    • ”tar tvf my_ogg_files.tar” para exibir todo o conteúdo do arquivo TAR chamado “my_ogg_files.tar”.
    • ”tar xvf my_ogg_files.tar” para extrair todo conteúdo do arquivo “my_ogg_files.tar” no diretório corrente.
    • ”tar xvf my_ogg_files.tar musica1.ogg” para extrair apenas o arquivo chamado “musica1.ogg” do tarball “my_ogg_files.tar” no diretório corrente.
    • NOTA: Arquivos que possuem a extensão .tar.gz podem ser descompactados e extraídos com as opções xzvf do comando tar. Isto corresponde a usar o comando gunzip para descompactar o arquivo TAR e depois usar o comando tar xvf para extrair os arquivos.
  • gzip Compacta e opcionalmente descompacta arquivos regulares. Os arquivos compactados com o comando são substituídos por outro de menor tamanho com a extensão .gz porém preservando o dono, as permissões e datas de acesso e modificação.
    • ”gzip arq1 arq2” para compactar os arquivos “arq1” e “arq2” gerando os arquivos “arq1.gz” e “arq2.gz” em substituição aos originais.
    • ”gzip -d arq1” para descompactar o arquivo “arq1.gz” trazendo de volta o arquivo original “arq1”. A presença da opção -d equivale ao uso do comando gunzip.
  • bzip2 Compacta e opcionalmente descompacta arquivos regulares. Assim como o gzip, os arquivos compactados com este comando são substituídos por outro de menor tamanho com a extensão .bz2 porém preservando o dono, as permissões e datas de acesso e modificação. O algoritmo empregado por este comando permite uma maior compressão e também segurança dos arquivos gerados, porém o processo se torna um tanto quanto mais demorado.
    • ”bzip2 arq1” para compactar o arquivo “arq1” gerando em substituição o arquivo “arq1.bz2”.
    • ”bzip2 -9 arq2” para compactar o arquivo “arq2” pelo processo de máxima compressão gerando em substituição o arquivo “arq2.bz2”.
    • ”bzip2 -d arquivo.bz2” para descompactar o arquivo “arquivo.bz2” trazendo de volta o(s) arquivo(s) original(is) que tinham sido previamente compactados.

Sistema de Arquivos


  • mount – Monta um sistema de arquivos tornando-o disponível para as operações de E/S (Entrada/Saída) em arquivos, ou exibe uma lista dos sistemas de arquivos atualmente montados.
    • ”mount” para listar os sistemas de arquivos atualmente montados.
    • ”sudo mount -t ext3 /dev/hda3 /media/hda3” para montar a terceira partição primária do disco hda (IDE1) formatado em EXT3 no diretório /media/hda3. É necessário que o diretório /media/hda3 tenha sido previamente criado para que o comando tenha sucesso.
  • umount – Desmonta um sistema de arquivos previamente montado que não esteja em uso.
    • ”sudo umount /dev/hda3” para desmontar o dispositivo /dev/hda3. Para que o comando seja executado com sucesso é importante que o dispositivo não esteja em uso, como por exemplo com arquivos abertos ou mesmo estando dentro do diretório onde o mesmo se encontra montado.
  • fdisk – Gerencia por meio de uma simples interface de texto orientada por menus as partições de um disco. Ao executar o comando fdisk dispositivo basta pressionar a tecla m no prompt para ter acesso ao menu de opções que é bastante auto-explicativo, devendo se usar as setas de direção para movimentar-se pelo mesmo.
    • ”sudo fdisk -l” para listar as tabelas de partições para todos dispositivos.
    • ”sudo fdisk /dev/hda” para gerenciar a partição (ou partições) do dispositivo /dev/hda.
  • fsck – Verifica e opcionalmente repara um ou mais sistemas de arquivos. O fsck na realidade é apenas uma espécie de front-end de comandos específicos de acordo com o sistema de arquivos, que na realidade obedecem em geral ao formato fsck.nome_do_sistema_de_arquivos.
  • ”sudo fsck -t ext3 /dev/hda3” para verificar o sistema de arquivos EXT3 do dispositivo /dev/hda3. O mesmo resultado poderia ser alcançado executando o comando da seguinte forma ”fsck.ext3 /dev/hda3”. O dispositivo deve obrigatoriamente estar desmontado para execução desta operação.
  • mkfs – Formata um dispositivo (geralmente uma partição de disco) criando um novo sistema de arquivos. O mkfs, assim como o fsck é apenas uma espécie de front-end de comandos específicos de acordo com o sistema de arquivos, que na realidade obedecem em geral ao formato mkfs.nome_do_sistema_de_arquivos.
    • ”sudo mkfs -t ext3 /dev/hda3” para formatar o dispositivo /dev/hda3 em um sistema de arquivos EXT3. O mesmo resultado poderia ser alcançado executando o comando da seguinte forma ”mkfs.ext3 /dev/hda3”. O dispositivo deve obrigatoriamente estar desmontado para execução desta operação.
  • badblocks – Procura por blocos ruins em um dispositivo, geralmente uma partição de disco.
    • ”sudo badblocks /dev/hda3” para verificar se o dispositivo /dev/hda3 se encontra com blocos ruins. Normalmente, dependendo do tipo e tamanho do dispositivo este procedimento é um tanto demorado, sendo que se nenhuma informação for retornada é porque blocos ruins não foram encontrados. Uma melhor alternativa ao comando seria ”sudo badblocks -o /tmp/file -n /dev/hda3”, onde o parâmetro -n forçaria um teste de leitura e escrita não-destrutivo e o -o /tmp/file geraria o arquivo /tmp/file com todas mensagens de saída do comando.

Usuários e Grupos


  • useradd - Cria um novo usuário ou atualiza as informações padrão de um usuário no sistema Linux. O comando useradd cria uma entrada para o usuário no arquivo “/etc/passwd” com informações do seu login, UID (user identification), GID (group identification), shell e diretório pessoal, e a senha criptografada deste usuário é armazenada no arquivo “/etc/shadow”.
    • ”sudo useradd fulano” para criar o novo usuário “fulano” no sistema, cujo diretório pessoal do mesmo será “/home/fulano”.
    • ”sudo useradd -d /home/outro_dir fulano” para criar o novo usuário “fulano” no sistema, porém com seu diretório pessoal se localizando em “/home/outro_dir”.
    • ”sudo useradd -s /bin/sh fulano” para criar o usuário “fulano” definindo seu shell como sendo o sh. O shell padrão do Ubuntu, assim como a maioria das outras distribuições é o bash. Com esta opção “-s” é possível criar um usuário sem que o mesmo possa ter acesso a nenhum shell do sistema, bastando executar o seguinte comando ”useradd -s /bin/false fulano”.
    • ”sudo adduser -g 600 -G 500,68 fulano” para criar o usuário “fulano” com grupo padrão de GID 600 e também pertencente aos grupos GID 500 e GID 68. Para saber os GID de cada grupo do sistema consulte o arquivo “/etc/group”.
    • NOTA: Com a mesma finalidade porém com mais opções informativas sobre o usuário a ser cadastrado existe o comando adduser. A configuração padrão usada pelos comandos useradd e adduser é definida em “/etc/default/useradd” e em “/etc/login.defs”.
  • userdel – Usado para remover uma conta de usuário do sistema, deletando todas entradas deste usuário nos arquivos /etc/passwd, /etc/shadow e /etc/group.
    • ”sudo userdel -r fulano” para remover o usuário “fulano” do sistema deletando seu diretório pessoal e todo seu conteúdo.
  • usermod – Altera as informações de um usuário, editando diretamente as informações dos arquivos /etc/passwd, /etc/shadow e /etc/group.
    • ”sudo usermod -d /home/novo_dir fulano” para criar um novo diretório pessoal para o usuário “fulano” em “/home/novo_dir”. Se quiser que o atual diretório do usuário seja movido para o novo diretório utilize a opção “-m” desta forma ”sudo usermod -d /home/novo_dir -m fulano”.
    • ”sudo usermod -g 800 fulano” para alterar o grupo padrão do usuário “fulano” para GID 800.
    • ”sudo usermod -s /bin/false fulano” para alterar o shell do usuário “fulano” para “/bin/false” não mais permitindo que o usuário faça login no sistema.
    • ”sudo usermod -e 03/04/2007 fulano” para alterar a data de expiração da conta do usuário “fulano” para 03/04/2007.
  • finger - Exibe informações dos usuários do sistema. Se um usuário não for passado ao comando o mesmo apresentará informações de todos usuários atualmente logados.
    • ”finger fulano” para exibir informações, como login, diretório pessoal, shell entre outras do usuário “fulano”.
  • passwd – Altera a senha de um usuário exibindo um prompt para que a nova senha seja fornecida, e logo depois repetida para confirmação. O usuário logado pode alterar a própria senha digitando apenas ”passwd”.
    • ”sudo passwd fulano” para alterar a senha do usuário “fulano”.
    • ”sudo passwd -l fulano” para bloquear a conta do usuário “fulano”.
    • ”sudo passwd -u fulano” para desbloquear a conta do usuário “fulano”.
    • ”sudo passwd -d fulano” para desativar a senha do usuário “fulano” deixando-o sem uma senha de acesso.
  • groupadd – Cria um novo grupo no sistema. Deve-se remover os usuários do grupo, antes de apagar o grupo, pois o Linux não faz nenhum tipo de verificação neste sentido.
    • ”sudo groupadd novogrupo” para criar um novo grupo no sistema chamado “novogrupo”.
    • ”sudo groupadd -g 800 novogrupo” para atribuir ao grupo “novogrupo” o GID 800.
  • groupdel – Exclui um grupo no sistema.
    • ”sudo groupdel novogrupo” para excluir o grupo chamado “novogrupo”.
  • groupmod – Altera as informações de um grupo do sistema.
    • ”sudo groupmod -n velho_grupo novo_grupo” para alterar o nome do grupo “velho_grupo” para “novo_grupo”.
    • ”sudo groupmod -g 900 novo_grupo” para alterar o identificador do grupo chamado “novo_grupo” para GID 900.
  • id – Exibe os identificadores (IDs) reais e efetivos de usuário e de grupo de um usuário. Se não for especificado ao comando um usuário será exibido as informações do usuário atual.
    • ”id fulano” para exibir os IDs de usuário e grupo do usuário “fulano”.

Utilitários de Texto


  • cat – Utilizado para concatenar arquivos exibindo o resultado na tela, sendo também utilizado para exibir o conteúdo de arquivos.
    • ”cat arq” para exibir o conteúdo do arquivo chamado “arq”. Se desejar que as linhas do arquivo sejam enumeradas use a opção “-n” junto ao comando, desta forma ”cat -n arq”.
    • ”sudo cat /etc/passwd /etc/group” para exibir na tela o conteúdo dos arquivos “/etc/passwd” e “/etc/group”.
    • ”cat file1 file2 |less” para exibir na tela o conteúdo dos arquivos “file1” e “file2” porém fazendo a paginação das telas. Neste caso a opção “|less”, onde “|” é o chamado pipe, pode ser substituída também por “|more”, sendo que ambos comandos serão vistos posteriormente.
    • ”cat arq arq1 arq2 > arq_final” para concatenar os arquivos “arq”, “arq1” e “arq2” e colocar o resultado em outro arquivo chamado “arq_final”. Notar que neste comando é feito uso do caractere “>” chamado de redirecionador de saída.
    • ”cat arq3 >> arq_final” para inserir o conteúdo do arquivo “arq3” ao final do arquivo “arq_final”.
    • NOTA: O comando cat também pode ser usado para criar arquivos quando usado em conjunto com o “>” redirecionador de saída. Para criar um arquivo execute o comando ”cat > novo_arq” e digite o conteúdo desejado, usando a tecla “Enter” como separador de linhas e “Ctrl+D” para finalizar.
  • less – Faz a paginação de saídas muito extensas exibindo uma tela por vez.
    • ”less arq” para exibir o conteúdo do arquivo “arq” de forma paginada. Para navegação e gerenciamento do comando use as teclas abaixo:
      • Para sair do aplicativo digite q (quit);
      • Use as teclas Page-Down, Ctrl+F ou Space para avançar nas páginas;
      • Use as teclas Page-Up ou Ctrl+B para voltar as páginas;
      • Use Enter para avançar apenas uma linha por vez;
      • Digite h para ver a lista das teclas disponíveis para navegação no comando.
    • NOTA: Para redirecionar a saída de outro comando para o less efetuar a paginação, use o “|” (pipe) conforme exemplo ”ls -hl |less”.
  • more – Semelhante ao comando less também faz a paginação de uma saída muito grande na tela. A sintaxe deste comando é semelhante ao do less, inclusive as teclas de navegação e o redirecionamento com uso do “|” (pipe).
  • grep – Usado para procurar por linhas em um arquivo que contenham expressões que satisfaçam um determinado padrão de busca.
    • ”grep termo arq” para procurar por entradas no arquivo “arq” que correspondam a expressão “termo”.
    • ”grep 'termo1 termo2' arq” para procurar por entradas no arquivo “arq” que correspondam as expressões “termo1” e “termo2”. Notar que quando a expressão é composta de mais de uma palavra deve ser usado aspas simples.
    • NOTA: Este comando comumente é utilizado em conjunto com outros comandos canalizados com o “|” (pipe) conforme abaixo exemplificado.
      • ”sudo cat /etc/passwd |grep fulano” para procurar por uma entrada que corresponda a expressão “fulano” no arquivo “/etc/passwd”.
  • tail – Exibe as últimas linhas da saída de um arquivo. Por padrão se nenhum parâmetro diferente for passado ao comando será exibido as últimas 10 linhas do arquivo.
    • ”tail -50 arq” para exibir as últimas 50 linhas do arquivo chamado “arq”.
    • ”sudo tail -f /var/log/messages ” para continuar exibindo indefinidamente as últimas 10 linhas (padrão) do arquivo “/var/log/messages ”. Conforme o exemplo, esta opção “-f” é muito usada para verificar arquivos de log do sistema que estão sendo constantemente atualizados.
    • NOTA: Assim como o tail que exibe as últimas linhas de um arquivo, existe o comando head que faz exibir as primeiras linhas de saída de um arquivo.

Monitoramento de Acesso


  • w – Mostra quem esta logado no sistema e o que esta fazendo. Se não for especificado um usuário ao comando, será exibido informações de todos usuários logados.
    • ”w” para exibir todos usuários logados e o que estão executando neste momento.
    • ”w fulano” para mostrar informações do usuário “fulano” se o mesmo estiver logado no sistema.
  • who – Semelhante ao comando w mostra quais usuários estão logados no sistema.
    • ”who -m” para mostrar o nome do usuário logado no sistema.
    • ”who -q” para mostrar a quantidade total e nomes dos usuário conectados ao sistema.
  • whoami - Este comando fornece o mesmo resultado do comando ”who -m”.
  • last – Mostra todas informações referente as entradas (login) e saídas (logout) de usuários do sistema.
    • ”last -a” para exibir estas informações mostrando o nome da maquina de onde foi efetuado os logins.
    • ”last -d” para exibir estas informações mostrando o endereço IP da maquina de onde foi efetuado os logins.
    • ”last reboot” para exibir um registro de todas as reinicializações efetuadas no sistema.
  • lastlog – Exibe informações referente ao último login de cada usuário cadastrado no sistema. Caso nenhum argumento seja passado, o comando lastlog exibe todas as informações armazenadas no arquivo “/var/log/lastlog” de todos os usuários do sistema.
    • ”sudo lastlog -u fulano” para exibir informações referentes apenas ao último login do usuário “fulano.
    • ”sudo lastlog -t 5” para exibir a lista dos usuários que logaram no sistema nos últimos 5 dias informando o dia e a hora do último acesso de cada um desses usuários.

Rede


  • ifconfig – Permite configurar as interfaces de rede, sendo o comando utilizado na inicialização do sistema para configuração destas interfaces. Caso nenhum argumento seja passado junto ao comando, o mesmo apenas irá exibir o estado das interfaces atualmente definidas.
    • ”sudo ifconfig eth0” para exibir o estado e informações da interface de rede eth0.
    • ”sudo ifconfig eth1 down” para desativar a interface de rede eth1.
    • ”sudo ifconfig eth1 up” para ativar a interface de rede eth1.
    • ”sudo ifconfig eth0 192.168.3.1 netmask 255.255.255.0 up” para configurar a interface de rede eth0 com endereço IP 192.168.3.1 e máscara da rede 255.255.255.0, ativando-a.
    • ”sudo ifconfig eth1 hw ether 00:D0:D0:67:2C:05” para alterar o endereço MAC (MAC Address) da interface de rede eth1 para “ 00:D0:D0:67:2C:05”. É necessário que a placa de rede esteja desativada “sudo ifconfig eth1 down” para esta operação.
    • ”sudo ifconfig eth0:1 10.0.0.2 netmask 255.255.255.0 up” para adicionar um segundo endereço de rede, com IP 10.0.0.2 e máscara 255.255.255.0 a interface eth0.
    • ”sudo arp 192.168.3.1” para exibir as entradas para o host 192.168.3.1. Se um host não for especificado, será exibido todas as entradas do cache.
    • NOTA: Esta ferramenta é muito útil quando se faz necessário descobrir o endereço MAC de um determinado host da rede.
  • ping Envia requisições ICMP para um determinado host. É uma ferramenta largamente utilizada para testar a conectividade entre uma maquina/rede local e maquinas/redes remotas.
    • ”ping -c 5 200.106.28.125” para verificar se a maquina cujo endereço IP é 200.106.28.125 se encontra conectada e alcançável. É importante ressaltar que muitos servidores, principalmente de redes empresariais, podem bloquear requisições de pacotes ICMP em seu firewall, podendo assim parecer que determinada rede não se encontra alcançável.
  • route – Permite exibir a tabela de roteamento (configuração das rotas) IP do kernel, sendo que com uso das opções add e del permite também modificar esta tabela inserindo ou deletando registros.
    • ”sudo route” para exibir a tabela das rotas atualmente ativas.
    • ”sudo route add -net 192.120.10.0 netmask 255.255.255.0 dev eth0” para adicionar uma rota para rede 192.120.10.0 via interface de rede eth0.
    • ”sudo route del -net 192.120.10.0 netmask 255.255.255.0 dev eth0” para remover a rota anteriormente adicionada.

Módulos carregáveis do Kernel


  • lsmod Lista todos módulos do kernel atualmente carregados na memória. Na realidade, o comando lsmod apenas lista o conteúdo do arquivo “/proc/modules”.
  • modinfo – Exibe informações sobre um determinado módulo carregado do kernel.
    • ”sudo modinfo ip_tables” para exibir informações do módulo “ip_tables” que se encontra carregado na memória do sistema.
  • modprobe – Usado para gerenciar, ou seja, adicionar e remover módulos carregáveis do kernel. O modprobe lê o arquivo de dependências de módulos gerado pelo depmod, portanto devemos sempre antes executar o comando ”sudo depmod -a”.
    • ”sudo modprobe iptable_nat” para carregar na memória o módulo “iptable_nat”.
    • ”sudo modprobe -r ndiswrapper” para remover da memória o módulo “ndiswrapper”.

Shell (Bash) e Utilitários de Terminal


  • alias Tem como finalidade atribuir um “alias” (em inglês, significa outro nome) a outro comando, permitindo nomear um conjunto de comandos, a ser executado pelo sistema por um único nome. Caso nenhum parâmetro seja passado ao comando será listado todos alias atualmente definidos e ativos no sistema.
    • ”alias ls='ls -hal --color'” para definir uma alias ls para o comando ls -hal que irá mostrar os arquivos que estão no diretório correntel, inclusive os ocultos (-a) em forma de uma listagem (-l) e com as informações de tamanho mais amigável a nós seres humanos (-h) e diferenciado por cores.
    • ”alias fd='mount /dev/fd0 /mnt/floppy; cd /mnt/floppy && ls'” para criar um alias chamado fd que montará um disquete, acessando e listando seu conteúdo. Observe que, neste exemplo, foram usados dois diferentes separadores de comandos: ponto-e-vírgula e &&. Comandos separados por ; são executados em seqüência. Comandos separados por && são executados de forma condicional, ou seja, o comando após o separador só é executado se o comando anterior tiver sido executado com sucesso.
    • ”alias mcdrom='mount /mnt/cdrom'” para criar um alias chamado mcdrom que ao ser executado monta o CD em uso.
    • NOTA: Estes aliases são criados apenas para a sessão ativa do usuário, ou seja, ao deslogar do sistema os mesmos se perderão. Para criar aliases permanentes ao sistema edite o arquivo .bashrc de seu diretório pessoal e inclua no mesmo os comando desejados. Em contrapartida ao comando alias existe o comando unalias que faz justamente o inverso, removendo os alias criados.
  • apropos Pesquisa por um padrão na base de dados do comando whatis que veremos logo abaixo, informando quais comandos do Linux correspondem a uma determinada expressão.
    • ”apropos apropos” (1) - search the whatis database for strings (Procura por expressões na base de dados whatis), ou seja exibe todos comandos Linux que tenham alguma correspondência a expressão “apropos”, no caso apenas o comando apropos.
  • login Permite a um usuário efetuar o logon (estabelecer uma conexão) no sistema, bem como ser utilizado para efetuar o logon com um usuário diferente do atual.
    • ”login fulano” para efetuar o login do usuário “fulano”.
    • ”login -p fulano” para efetuar o login do usuário “fulano” sem destruir o ambiente do atual usuário.
  • logout Finaliza um login shell no console ou terminal. No modo gráfico, este comando encerra a sessão do usuário podendo fechar a janela do terminal, e em modo texto encerra a sessão do usuário levando-o de volta ao prompt de login do sistema.
    • ”logout” O mesmo resultado pode ser alcançado executando o comando exit.
  • su Permite alternar entre os usuários cadastrados do sistema, alterando o ID de usuário e grupo do atual usuário para outro usuário especificado.
    • ”su fulano” permite alternar para o usuário “fulano” após senha de login correta.
    • ”su fulano -c 'vim /home/fulano/arq1'” permite executar o comando vim abrindo o arquivo “/home/fulano/arq1” como sendo o usuário “fulano”. O uso desta opção -c não começa um novo shell, apenas executa um comando como sendo o outro usuário especificado.
  • sudo Permite a um usuário autorizado conforme configurado no arquivo “/etc/sudoers”, a executar comandos como se fosse o super-usuário (root) ou outro usuário qualquer. Veja RootSudo para maiores detalhes.
  • uname Exibe várias informações sobre o sistema. Caso nenhuma opção seja fornecida junto ao comando, apenas o nome do sistema operacional será exibido, equivalente a opção -s.
    • ”uname -a” para exibir todas informações sobre o sistema.
  • whatis Pesquisa em uma base de dados que contem uma curta descrição dos comandos do sistema. Esta base de dados com os comandos do sistema é criada e atualizada com o comando ”sudo makewhatis”
    • ”whatis sudo halt” para obter uma descrição resumida dos comandos sudo e halt.
  • whereis Usado para localizar o binário, o arquivos-fonte e a página man (manual) dos comandos do sistema.
    • ”whereis ls” para descobrir onde se encontra o arquivo binário, os fontes e o manual (man) do comando ls.
  • which Exibe o caminho completo na hierarquia de diretórios para os comandos do sistema.
    • ”which firefox” para exibir o diretório onde se encontra o programa “firefox”.
  • clear Limpa a tela movendo o cursor para primeira linha. Não existem parâmetros passados junto a este comando.
  • echo Permite exibir textos na tela. Este comando também exibe toda estrutura de diretórios e arquivos em ordem alfabética, porém sem formatar em colunas a listagem.
    • ”echo 'Olá mundo!'” envia para saída de tela a expressão “Olá mundo!”.
    • ”echo /etc/*” para listar todo conteúdo do diretório “/etc”.
  • halt, reboot, shutdown Respectivamente encerra, reinicializa e encerra ou reinicializa o sistema.
    • ”sudo halt” para encerrar o sistema.
    • ”sudo reboot” para reiniciar imediatamente o sistema. Este comando equivale aos comandos ”sudo init 6” e ”sudo shutdown -r now”.
    • ”sudo shutdown -h now” para encerra o sistema imediatamente.
    • ”sudo shutdown -h +15” para encerrar o sistema daqui a 15 minutos.
    • ”sudo shutdown -r 20:30 'O sistema será reiniciado as 20:30 horas!'” para reiniciar o sistema as 20:30 horas enviando a mensagem "O sistema será reiniciado as 20:30 horas!" a todos usuários logados.
    • NOTA: O comando ”sudo init 0” também pode ser usado para encerramento do sistema. O comando shutdown é a forma mais segura de reiniciar e finalizar o sistema, advertindo os usuários logados e bloqueando novos logons. 

      Fonte:  http://wiki.ubuntu-br.org/ComandosBasicos

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